quinta-feira, 17 de setembro de 2009

A CANÇÃO DA FLORESTA


Pés descalços caminhavam sobre o tapete amarelo e marrom que agora cobria o bosque, vagarosos, como se tentassem sentir cada grão de areia ou folha de grama que ali jaziam. Passadas tão leves e suaves que nem mesmo estalavam as folhas secas e douradas que compunham a mortalha que se formara sobre o chão. Um som baixo e suave aos poucos invadia o silêncio que reinava entre os troncos. Uma melodia lenta e triste, oriunda de uma flauta élfica. Contudo, tão atraente e encantadora quanto quem a transformava em notas delicadas...

Ainda que fosse uma canção melancólica, aquela que a tocava não compartilhava da mesma sensação. Era um período do ano que a fazia se sentir viva, livre. Uma lisérgica felicidade que se espalhava por todo o corpo, e timidamente contagiava tudo ao redor à medida que as copas das árvores desfaleciam. Sua presença ali acalentava até mesmo o vento, que soprava mais fraco e melodioso, criando um fundo perfeito e harmonioso para a música.


Nunnien caminhando pelos bosques de Falimor


À medida que a druida passava cada uma das árvores ressoava bem baixo o seu nome, completando o arranjo musical. Muito tempo havia se passado, mas estava de volta ao lugar que sempre chamara de lar...

Flauta, vento e o cantar das folhas, compondo uma canção de celebração pelo retorno de Nunnien...




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